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Teoria da evolução, o telefone e a teoria da relatividade. O que estas invenções têm em comum? Pouca gente sabe, mas elas foram descobertas ao mesmo tempo, por mais de uma pessoa, em diferentes partes do mundo. Obviamente não faz sentido colocar em cheque os méritos de Charles Darwin, Graham Bell e Albert Einstein. Eles ligaram as pontas que faltavam com maestria. Importante é que isso me faz acreditar que a verdade está no mundo para ser encontrada. Ela existe fora de nós. E o nosso cérebro, que nos limita, é também o que nos liberta. Os grandes gênios da humanidade têm a imagem do pensador solitário, mas eles estavam em contato frequente com seus contemporâneos, igualmente brilhantes. Pode-se dizer que no final das contas tudo, literalmente tudo, é trabalho de equipe.

 

Em workshops de Design Thinking é comum diferentes grupos de pessoas chegarem nas mesmas soluções. Isto acontece por dois motivos. Primeiro porque as pessoas têm referências semelhantes do mundo que as cerca. Segundo porque o trabalho em equipe as ajuda a anular preconceitos. Geralmente é lá que a verdade fica: escondida atrás das aparências! Só o grupo é capaz de ver o que ninguém consegue enxergar sozinho.

Para aumentar a nossa capacidade de encontrar a verdade é necessário seguir algumas práticas que o Design Thinking vêm ajudando trazer a tona. É preciso, por exemplo, ter equipes multidisciplinares. Se eu trocar ideia apenas com você estaremos limitados pelas informações que possuímos. Mas se juntarmos  sete ou oito pessoas, com perfis complementares, seremos capazes de nos proteger melhor de nós mesmos. O importante não é a quantidade de pessoas, mas como obter as informações que não temos. Vale ressaltar que, eventualmente, não temos informações porque as filtramos segundo a nossa perspectiva. Nossas idéias e opiniões são o produto da máquina de padrões que é o nosso cérebro.

Tudo que captamos do universo através dos nossos sentidos tentamos encaixar num padrão conhecido. Quando isso não acontece nos esforçamos para montar um quebra-cabeça. É aqui que mora o perigo. Devidas nossas experiências temos muitas peças, mais ou menos semelhantes, que nos confundem. Funciona assim: observamos algo que incomoda, que nos tira da zona de conforto, e empurramos a primeira peça a fim de ver a imagem completa. Desta forma, trabalhar com equipes multidisciplinares é montar o quebra-cabeça com as peças certas. Quando se trata de problemas complexos é provável que cada envolvido tenha peças importantes que os outros não tem. E a paisagem que se forma no final é a verdade que existe no mundo. Por isso funciona. Por isso é óbvio no final. Depois que quebra-cabeça foi montado parece fácil não?

NOTA: Quem quiser viver isso na prática pode se inscrever no evento gratuito que teremos dia 22 de setembro de 2015 as 19 horas. Inscreva-se aqui. Mais informações sobre o evento clique aqui.