Você tem medo de inovar? Se sente inseguro ao definir o posicionamento de um novo produto? Então precisa conferir os cases desse post para quem sabe mudar suas atitudes ao final da leitura. Vou te apresentar a história de algumas empresas que quebraram por falta de inovação, marcas que perderam absolutamente todo o market share conquistado durante longos anos de trabalho.
E como já dizia Augusto Cury “os sábios aprendem com os erros dos outros” por isso, essa é uma excelente oportunidade de garantir um aprendizado gratuito, ou seja, sem precisar passar pelas mesmas experiências apresentadas no decorrer do texto.
Aproveite a leitura, os CEOs das marcas abaixo certamente dariam muita coisa para estar no seu lugar neste exato momento.
Se você tem mais de 30 anos é bem provável que já tenha tido experiência (mesmo que breve) com uma máquina de escrever. O barulho das teclas trabalhando é extremamente característico e até aqueles que nunca utilizaram uma dessas conseguem identificar do que se trata.
A partir dos anos 50, uma das maiores fabricantes das máquinas de datilografia, como também são conhecidas, veio para o Brasil e em pouquíssimo tempo já havia se tornado uma grande referência no mercado. A italiana Olivetti conseguiu elevar-se a um patamar tão alto que durante os anos 80 sua marca registrada havia se tornado sinônimo de “máquina de escrever”.
Porém mesmo com a venda de suas mais de 10 milhões de unidades durante o meio século de atuação em terras tupiniquins a empresa não conseguiu ficar fora do grupo das empresas que quebraram por falta de inovação. Mas como uma marca tão poderosa conseguiu perder praticamente todo o market share conquistado ao longo desses anos?
Um dos fatores é justamente estar na liderança por tanto tempo. Quando uma empresa é líder de mercado disparada, corre o risco de se acostumar a ser referência para todas as outras e pode deixar de olhar o que acontece ao seu redor.
Mesmo investindo em modelos mais modernos como as máquinas datilográficas elétricas, a Olivetti não foi capaz de segurar as pontas quando o computador e a impressora começaram a surgir no mercado. A proposta muito mais moderna e eficiente de empresas como IBM, Microsoft e Apple foram cruciais para decretar o fim do reinado italiano.
Você acha possível que uma marca revolucionária no universo fotográfico pudesse se tornar uma das empresas que quebraram por falta de inovação? Na década de 70, o cientista americano Edwin Land, criador das máquinas Polaroid, certamente apostaria todas as fichas que não. Principalmente porque foi nessa década que a sua invenção tornou-se um dos objetos mais cults da época.
Para se ter uma ideia, Edwin fotografou grandes nomes como Pelé, Mohammed Ali e Arnold Schwarzenegger com sua invenção e as fotos rodaram grandes galerias mundo afora. Além disso, as pessoas comuns também se divertiam muito com o equipamento e também pudera, uma máquina que tira fotos e as revela de forma instantânea? Vale lembrar que no contexto da época uma revelação tradicional levava dias para ficar pronta.
Mas eis que novamente a tecnologia surge e por não estudar formas de competir com os recém-chegados celulares e máquinas digitais, a empresa recebe um forte golpe, caindo também no ostracismo das empresas que quebraram por falta de inovação.
E faz total sentido já que com as máquinas digitais não havia mais a necessidade de se comprar filmes pois a memória dos aparelhos permitia que muitas fotos fossem salvas na memória, sem contar de que com alguns cliques elas podiam ser enviadas para a impressão.
A história da marca que já havia sido sinônimo de revolução quase terminou de forma trágica por causa do excesso de confiança no próprio nome e na fidelização de clientes que aos poucos se mostraram não tão fiéis assim.
Mas em 2001, prestes a falir por conta de uma dívida milionária a Polaroid foi comprada por um grupo de investidores que estendeu a produção para aparelhos de mp3 e DVDs. É claro que a empresa nunca mais obteve o sucesso de antes, mas ainda se mantém ativa no mercado.
Você provavelmente já ouviu histórias de grandes locadoras de filmes que literalmente foram à falência quando as redes de streaming se popularizaram. Empresas que dominavam quase 100% do mercado mundial e faziam a alegria de muitas famílias na sexta-feira à noite, literalmente apagadas da história por não se adequarem a tecnologia.
Porém o que você talvez não saiba é que uma grande rede de livrarias teve destino bastante parecido. Apesar de ter sido pioneira no conceito de super lojas na década de 90 e se tornar a segunda maior rede de livrarias dos Estados Unidos, a Borders Group fez em 2011 um pedido de proteção judicial contra falência. Entenda o que houve:
Um dos principais motivos de a rede de livrarias ter entrado para o grupo de empresas que quebraram por falta de inovação foi a incapacidade de obter uma presença significativa na internet. As inovações tecnológicas pelas quais passou o mercado editorial exigiu que as empresas do ramo se remodelassem caso quisessem sobreviver, o que não foi o caso da Borders.
Além de não investir em venda de livros pela internet, catálogos online e eBooks, a empresa perdeu sua fatia de mercado para a Amazon que revolucionou e em pouco tempo dominou o mercado digital.
Este exemplo mostra que não basta apenas se adaptar às inovações, é preciso fazer isso de forma ágil para impedir que concorrentes cresçam com base nas lacunas de mercado. Para isso é preciso estar antenado e de olho nas tendências, além é claro de buscar incansavelmente o pioneirismo e a inovação.
Se eu pudesse tirar uma única lição sobre essas empresas que quebraram por falta de inovação, seria a de que o aperfeiçoamento é essencial para toda e qualquer empresa independente do segmento. O mercado é bastante volátil e quem não se adapta certamente fica para trás. E você, o que aprendeu com os exemplos de hoje?